sábado, 29 de março de 2014

Engenhoca Brasileira


Olá pessoal, decidi compartilhar esta informação com vocês, pois como eu, acredito que pouca gente saiba que o escorredor de arroz que tanto utilizamos no nosso dia a dia foi uma invenção brasileira, desenvolvido pela cirurgiã dentista Therezinha Beatriz Alves de Andrade Zorowick no ano de 1959, que cansada de chegar do trabalho e encontrar o ralo da pia entupido, resolveu criar este utensílio, uma espécie de bacia conjugada a uma peneira em uma de suas extremidades, o que facilita a lavagem de alimentos.

Com a ajuda de seu marido Sólom Zorowich, Therezinha montou um protótipo em papel alumínio e incentivada pelo seu primo, Eduardo Garcia Rossi, secretário da Federação das Indústrias de São Paulo, apresentou sua invenção ao dono da Trol S/A, Sr. Ferreira que logo percebeu o potencial de mercado da engenhoca e iniciou a produção.O escorredor de arroz, ou lava-arroz foi apresentado ao público pela primeira vez na Feira de Utilidades Domésticas, em maio de 1962 e foi o maior sucesso. A Trol S/A obteve a licença e a patente, pagando dividendos à inventora por 15 anos, data da expiração da patente.Ítem presente em 100% das listas de chá de panelas, e acredito que em 100% das casas brasileiras podem ser de vários formatos e materiais, dos mais simples e baratos aos mais sofisticados e caros.
Uma ideia simples e prática que facilita a vida de todo mundo!!!
Esta é a Dona Therezinha com sua invenção, e abaixo outros modelos de escorredores...


D. Therezinha, a inventora


Feitos de plásticos, em diversas cores...


Este é de silicone, estiloso!!!


Este é um modelo industrial, para atender a uma grande quantidade de arroz a ser lavado.


Este é de inox, muitto bonito!!!


Este é um modelo desmontável, para facilitar na hora de guardar.


Este também é de plástico, numa versão bem simples e barata.


Este em alumínio é pintado de cor de rosa, para aquelas cozinhas bem delicadas!!!


Mas como eu, muita gente sempre arruma outra utilidade para os objetos, vamos ver o que mais podemos fazer com um ou vários escorredores de arroz.











Espero que tenham gostado
Um abraço,
Fernanda






quarta-feira, 26 de março de 2014

Casa Arrumada é Assim

Há algum tempo atrás, visitando alguns blogs portugueses me deparei com este poema de Drummond, e fiquei completamente encantada pela sensibilidade deste poeta, em que o título do poema é Casa Arrumada é Assim, e decidi que quando eu tivesse meu blog também o colocaria, primeiramente em homenagem a este grande escritor e em segundo lugar porque tocou fundo no meu coração e por compartilhar da mesma ideia do significado do que deve ser uma CASA, a nossa casa...
Compartilhem comigo...

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)



Casa Arrumada é Assim:

“Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.

Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Ta na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.

Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem vinda.

A que está sempre pronta pros amigos, filhos, netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia.

Casa com vida é aquela em que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.”

                                                     Carlos Drummond de Andrade



Achei este poema simplesmente emocionante, e traduz bem a ideia de que a nossa casa tem que ser o retrato dos moradores, e que não devemos ser escravos dela.
E vocês? O que acharam???

Beijos e até o nosso próximo encontro.










sábado, 22 de março de 2014

Xícaras ou mini vasos???

Para muitas pessoas, uma xícara é só uma xícara e nunca será mais do que uma simples xícara, o que aliás ultimamente tem menos se visto são xícaras simples. Cada dia que passa as xícaras e canecas têm ficado mais coloridas, alegres, elegantes, chamativas, e quem diria, têm virado alvo de muitos presentes e objetos de coleção. Arriscaria  até chamá-los de xicarofílicos, sei que esta palavra não existe mas seria uma denominação para pessoas amantes de xícaras. Muita gente não sabe, mas em Natal (RN) existe até um Museu dedicado a elas.
Mas hoje quero falar sobre novas possibilidades de utilização deste objeto na decoração.
Utilizem xícaras ou canecas para alegrar sua mesa, cozinha, área ou qualquer outro ambiente, pois beleza e bom gosto nunca são demais não é??? Estes mini arranjos têm sido usados até como enfeites para casamentos ao ar livre ou chás de cozinha.


Então chega de conversa e vamos às imagens inspiradoras do dia...



















E por que não usá-las na versão cerâmica, embelezando nossos jardins. Vamos ousar na criatividade.






Aproveitem esta seleção de imagens e faça logo o seu arranjo, pode até ser com flores artificiais, o que importa é colocar a mão na massa...
E me enviem fotos dos arranjos que fizerem pois vou gostar muito de ver e interagir com vocês.

Um beijo!!!
Fernanda

quarta-feira, 19 de março de 2014

Diferenças entre Vintage, Retrô e Kitsch


Olá pessoal, muito bem vindos à casinha da vovó reformada!!!
Um local para compartilhar experiências, imagens, trabalhos, dicas e principalmente inspirações.
Fui cultivando a vontade de criar meu próprio blog ao ver tantos blogs lindos todos os dias, e enfim...foi criado esse blog, que pra mim será muito especial.
Com tantos temas que passarão por aqui, acho que devo começar abordando um assunto, ou melhor, uma tendência que está cada dia mais forte, a tendência antiga, de uma forma geral. As pessoas têm procurado remeter ao passado, buscar as origens, as raízes, como ainda se diz no interior. E está cada dia mais comum principalmente na decoração, objetos antigos ou novos com carinha de antigos. Eu mesma tenho muita coisa que pertenceu a gerações passadas da minha família e à família do meu marido.
Tudo o que foi de vovó, como eu digo, tem um carinho extra, uma dose a mais de cuidado, mas isso falaremos em posts futuros.
Quero hoje simplesmente abordar as diferenças entre Vintage, Retrô e Kitsch.



Vintage


Vintage é um estilo de vida retrógrada, uma recuperação de estilos das décadas de 1920,1930,1940,1950 e 1960. A palavra Vintage no século XVIII passou a significar "ano em que foi feito um vinho". Entretanto, ao longo dos anos, a palavra se incorporou ao vocabulário da moda para melhor definir uma peça de roupa, acessório, móvel ou utensílio de um estilo pertencente a outra época.
O resgate da moda pin-up é um exemplo de "moda vintage". Roupas com tecidos propositalmente "desgastados" também são chamados vintage, juntamente por ter uma aparência de usado, antigo, de outra época, mas sendo usada nos dias atuais.







É chamado de Vintage qualquer peça que tenha entre 20 e 100 anos, pois, a partir de 100 anos a peça já é considerada Antiguidade. Um objeto, para ser considerado vintage, deve ser original e não sofrer nenhum tipo de releitura (transformação). Além disso, deve ser algo antigo e que esteja em bom estado. São os mais variados tipos, como latas, máquinas de costura, geladeiras, fogões, sofás, malas, cristaleiras, bombonieres, louças, ventiladores, máquinas de escrever, cadeiras, lustres, etc, etc, etc. Na decoração em si, o vintage reproduz um ar romântico e sofisticado ao mesmo tempo.














Retrô


A palavra "retro" deriva do prefixo latino retro, que significa "para trás" ou "em tempo passados" - particularmente como visto na forma de palavras retrógradas, o que implica num movimento em direção ao passado, referindo-se um olhar crítico ou nostálgico do passado.
Retrô é considerado uma imitação do estilo antigo, só que a peça é nova. Todas as peças novas que imitem alguma época anterior é uma peça retrô. Isso em qualquer setor, desde a moda até os utilitários, móveis, eletrodomésticos, latas e caixas decorativas, etc.
Hoje em dia é muitas vezes usado num sentido positivo, referindo-se aos produtos ou atrativos peculiares que não estão mais disponíveis.
Atualmente, tanto o Vintage como o Retrô estão em alta. Na decoração de ambientes principalmente, e tem sido objetos de desejo tanto de pessoas conservadoras quanto das mais descoladas.


                                                 






Kitsch

Kitsch palavra alemã que reprersenta um estilo de arte produzida em massa ou projeto utilizando ícones culturais. O termo "kitsch" é geralmente reservada para obras insubstanciais, berrantes, decoração, ou obras que são calculados para ter um apelo popular. Foi criado para categorizar a arte que é considerada uma cópia inferior ou de melhor qualidade de um estilo existente.
Ser kitsch é transar numa boa o que já foi moderno em outra época, fazendo um bom uso da criatividade para que o que foi tendência em outra época, continua a ser valorizado, ser requintado e admirado.
A falta de criatividade e originalidade também são características do "kitsch". Por exemplo: Que tal a música do elevador, o pinguim em cima da geladeira, flores de plástico, imãs em geladeiras, ou a jarra em forma de abacaxi (será que alguém ainda se lembra?)....kitsch total!
Há uma grande diferença em ser "brega" e "kitsch". "Brega" é quando tudo está errado e fora de um contexto.
Já o estilo "kitsch" tem lá a sua classe e até uma certa exclusividade. É um estilo bem pessoal, um estilo próprio, você o recria a seu gosto. "Kitsch" é o retrato da nossa irreverência, pois, com essa ideia, podemos brincar na decoração, tornando-a mais despojada.





A essência do kitsch é a imitação. Kitsch é, ao contrário da arte, um objeto utilitário que chama todas as atenções do ambiente em que está pra ele.



                                      












Espero que tenham gostado do post de hoje....
Um abraço e até a próxima,

Fernanda